Três procedimentos foram realizados apenas em julho, graças ao gesto solidário das famílias e ao trabalho acolhedor da equipe multiprofissional
O Hospital Estadual de Formosa
(HEF), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e
Desenvolvimento (IMED), realizou na última terça-feira (29/07) sua nona
captação de órgãos e tecidos, sendo a terceira apenas no mês de julho. O
procedimento foi possível graças ao gesto generoso da família de um paciente de
62 anos, que autorizou a doação após a confirmação da morte encefálica,
conforme os critérios legais e médicos vigentes.
Com a autorização, foram captados
tecidos (córneas), que seguiram para a Central Estadual de Transplantes de
Goiás (CET-GO). A ação reafirma o preparo técnico e a dedicação da equipe
multiprofissional envolvida, que atua com ética, respeito e sensibilidade em
cada etapa do processo.
Etapas do cuidado:
acolhimento e respeito no processo de captação
Todo o processo é conduzido pela
Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante
(CIHDOTT), responsável por acompanhar o caso desde a confirmação clínica da
morte encefálica até o suporte à família. A equipe age com escuta ativa e
acolhimento, respeitando o momento de luto e oferecendo todas as informações de
forma clara e sensível.
A atuação de médicos, psicólogos,
enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e outros profissionais é
fundamental para garantir um ambiente de empatia e apoio emocional, tornando
possível transformar a dor em um gesto de solidariedade que pode beneficiar
diversos pacientes em situação crítica.
Compromisso com a vida e cuidado
centrado nas pessoas
A realização de nove captações de
múltiplos órgãos, sendo três apenas neste mês de julho, reforça o papel do HEF
como uma unidade comprometida com a valorização da vida e com a promoção da
saúde pública de forma ética e humanizada. Cada procedimento reflete não apenas
o preparo técnico das equipes, mas também o cuidado em oferecer suporte digno
às famílias em um momento tão sensível. A atuação integrada e o respeito à
vontade dos doadores são marcas do trabalho realizado no hospital.
Para a diretora do HEF, Bruna
Mundim, a realização de três captações em um único mês é reflexo do
comprometimento da equipe e da confiança da população. “A doação de órgãos é um
gesto de profunda generosidade. Cada captação representa a chance real de
recomeço para quem aguarda por um transplante. No HEF, trabalhamos com
dedicação e respeito para que esse processo aconteça da forma mais humana
possível. Nosso compromisso é com a vida, com a escuta às famílias e com o
fortalecimento da cultura da doação em nossa comunidade”, afirma.
Conscientização e diálogo:
o papel das famílias na doação
A doação de órgãos e
tecidos só é possível com a autorização da família após a confirmação da morte
encefálica. Por isso, é fundamental que as pessoas comuniquem seu desejo de
serem doadoras ainda em vida. Esse gesto de empatia e consciência pode fazer
toda a diferença.