A região possui 70 apicultores que buscam aprimorar as técnicas de produção de mel e derivados da meliponicultura
Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger
Meliponicultores da comunidade da Serrinha, na região do Lago Norte, participaram de um curso sobre produção e manipulação de própolis de meliponíneos, promovido pela Emater-DF. O curso, ministrado pelo extensionista rural Edilson Amaral, atendeu a uma demanda dos próprios produtores, que buscaram aprender técnicas adequadas para o aproveitamento do própolis, além do mel e do pólen, produzido por suas abelhas nativas.
A oficina foi realizada na propriedade da produtora Diana Schappo, que destacou o interesse crescente dos criadores locais em diversificar os produtos da meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão). “Já produzimos mel, mas queremos aproveitar melhor o própolis e o pólen, que também têm valor comercial e benefícios para a saúde. Este curso nos ajudou a entender como fazer isso com qualidade e segurança”, afirmou Diana.
Na região da Serrinha há cerca de 70 meliponicultores, com mais de 30 colmeias. A capacitação, realizada nesta quarta-feira (2), teve orientações técnicas sobre extração, higiene, conservação e uso correto do própolis, respeitando a legislação e as características específicas dessas abelhas.
A Emater-DF tem desempenhado papel fundamental no desenvolvimento da meliponicultura no Distrito Federal, oferecendo assistência técnica, capacitações e incentivo à organização dos produtores. Além do aspecto econômico, a atividade se destaca pelo papel ambiental: as abelhas nativas contribuem significativamente para a polinização de plantas nativas e agrícolas, tornando os meliponicultores agentes de preservação ambiental.
Os produtores são orientados a cultivar maior diversidade de plantas, garantindo fonte contínua de néctar, pólen, resina e cera para as colmeias, o que fortalece o ecossistema local. “Além de renda, a meliponicultura fortalece a biodiversidade. Apoiar esses produtores é apoiar a preservação das abelhas nativas e a sustentabilidade rural”, destacou Carlos Morais, um dos técnicos da Emater-DF que participou da atividade.
O extensionista Ivan Marques falou da importância de organização dos produtores para divulgarem e comercializarem seus produtos. “A região tem potencial para ser uma rota turística e de atividades educativas por meio da meliponicultura e, para isso, a organização dos produtores e articulação com outras atividades produtivas locais geram oportunidades de comercialização e divulgação dos produtos”, disse.