Os avanços não param por aí. Em relação ao café verde
certificado com o selo DO, a região registrou um crescimento de 160% em 2024,
passando de 115 mil para 300 mil sacas certificadas. Essa evolução demonstra a
crescente valorização do café da Região do Cerrado Mineiro entre torrefadores e
consumidores internacionais.
“Nossa parceria com a illycaffè, uma das maiores empresas de
café na Itália, foi um divisor de águas nesse processo. Ela impulsionou a
projeção internacional do café da região, ampliando o volume de selos emitidos
e assegurando a chegada do produto a dezenas de países. Antes da colaboração
com a renomada marca italiana, a região emitia em média 250 mil selos por ano
para cafés industrializados. Em 2024, esse número atingiu impressionantes cinco
milhões”, afirma Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos
Cafeicultores do Cerrado.
Para promover ainda mais o selo de Denominação de Origem
(DO), a Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizou, em outubro passado, um
road show em três importantes cidades italianas: Milão, Florença e Roma. A
escolha da Itália para o evento não foi por acaso. O país é um dos maiores
importadores de café brasileiro, especialmente do Cerrado Mineiro, e também um
dos principais consumidores de produtos com Denominação de Origem, fator que
agrega valor ao café da região.
Denominação de Origem: uma certificação de excelência
A Denominação de Origem é um reconhecimento que atesta a
singularidade do café produzido em 55 municípios que compõem a Região do
Cerrado Mineiro. Com uma área cultivada de aproximadamente 250 mil hectares, a
região produz, em média, seis milhões de sacas de 60 kg por ano, o que
representa 25,4% da produção de Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.
O selo DO garante que o café atende a padrões rigorosos de
qualidade e que é produzido em condições únicas de terroir, envolvendo
altitude, clima e solo característicos da região. Essa distinção tem sido
fundamental para conquistar mercados exigentes e fortalecer a marca Cerrado
Mineiro no cenário global.
Segundo o presidente da Federação dos Cafeicultores do
Cerrado, Gláucio de Castro, o sucesso da Região do Cerrado Mineiro é resultado
de uma combinação de fatores: investimento em inovação tecnológica, gestão
profissionalizada e compromisso com a sustentabilidade. “Os produtores têm
adotado práticas de manejo responsável, garantindo não apenas a qualidade do
produto final, mas também a preservação ambiental e o desenvolvimento
socioeconômico da região”, ressalta.
Fazem parte da Federação seis cooperativas: Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer.
Impacto internacional e perspectivas futuras
A projeção do café do Cerrado Mineiro em mais de 50 países
reflete a consolidação de sua reputação de excelência. O aumento exponencial no
volume de cafés certificados com o selo DO demonstra que o mercado reconhece a
região como uma das principais fornecedoras de cafés de alta qualidade no
mundo.
“O crescimento que tivemos nos volumes certificados reafirma
a importância do trabalho conjunto entre produtores, cooperativas e parceiros
internacionais. Estamos no caminho certo para elevar ainda mais o patamar do
café da Região do Cerrado Mineiro no cenário global. Com a conquista de cinco
milhões de selos emitidos e um crescimento expressivo na certificação de café
verde, a região reafirma seu papel como protagonista na produção de cafés de
qualidade”, conclui Juliano Tarabal.