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| STF inicia julgamento e Moraes vota para condenar Roberto Jefferson - Foto: Weleson Nascimento/PTB Nacional | 
Moraes vota pela condenação de Roberto Jefferson a 9 anos de prisão por atentar contra a democracia
História de Juliano Galisi
      O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria no plenário        virtual para condenar o ex-deputado federal Roberto Jefferson. O        relator da ação que pode condenar o ex-dirigente do PTB é o        ministro Alexandre de Moraes, que pediu nove anos, um mês e cinco        dias de prisão ao ex-deputado pelos crimes de calúnia, homofobia,        incitação ao crime e abolição violenta do Estado Democrático de        Direito. Procurada, a defesa do ex-deputado ainda não se        manifestou.
      Moraes foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Luís Roberto        Barroso, presidente da Corte, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, decano        do Supremo. Cristiano Zanin concordou com a condenação, mas abriu        divergência no plenário virtual ao reconhecer a prescrição de dois        dos quatro crimes imputados a Jefferson e pedir uma pena menor ao        réu, de cinco anos dois meses e 28 dias de prisão.
      Segundo Moraes, Roberto Jefferson utilizou recursos do PTB          para compartilhar publicações falsas que visavam prejudicar a          "independência do Poder Legislativo e Judiciário e a manutenção          do Estado Democrático de Direito".
        "É completamente absurda que a atuação vil de um ex-deputado          federal, que exerceu mandato em várias legislaturas, e          ex-dirigente de partido político, com utilização dos recursos          recebidos desta organização (não há notícias do réu exercer          outra atividade), cause os relevantes e duradouros danos          revelados, em completa deturpação da expectativa de filiados e          pretensos eleitores, através de violação dos princípios          constitucionais consagrados no Brasil", disse o relator.
      O PTB foi extinto ao se fundir com o Patriota para a criação          do PRD. A fusão foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral          (TSE) em janeiro deste ano.
        Roberto Jefferson teve sua prisão domiciliar revogada em          outubro de 2022, às vésperas da eleição presidencial daquele          ano. O ex-deputado resistiu com violência à operação da Polícia          Federal, lançando granadas e realizando disparos de fuzil contra          os agentes da corporação. Naquele momento, Jefferson integrava a          "tropa de choque" do então presidente Jair Bolsonaro (PL), que          concorria à reeleição.
        Antes, Jefferson integrou a base do ex-presidente Fernando          Collor. Em 2005, ficou nacionalmente conhecido ao ser um dos          principais delatores do escândalo do mensalão, esquema pelo qual          foi condenado e teve os direitos políticos suspensos.
        O plenário virtual do Supremo é a modalidade em que os          ministros emitem seus votos no sistema eletrônico da Corte, sem          se reunir no plenário. O prazo para o registro dos votos do caso          Jefferson é até a noite desta sexta-feira, 13.
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