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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | 
Maior alta ocorreu em Porto Alegre, que foi atingida pelas chuvas
Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil | Edição:        Sabrina Craide
      No mês de maio, o custo médio da cesta básica aumentou em 11        das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa        Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta        quinta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e        Estudos Socioeconômicos (Dieese).
      A maior alta na comparação com o mês de abril ocorreu em Porto        Alegre, atingida pelas chuvas em maio, com  aumento de 3,33% no        custo médio da cesta básica. Em seguida aparecem Florianópolis        (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já as principais        quedas foram registradas em Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador        (-2,67%).
      Um dos vilões para o aumento no custo da cesta foi o arroz.        Entre abril e maio, o preço médio do arroz aumentou em 15        capitais, com variações de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória.        Como o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior produção        de arroz, as enchentes reduziram a oferta. Mesmo com a importação        do grão, informou o Dieese, houve aumentos na maior parte das        cidades consultadas pela pesquisa, com exceção de Natal e Goiânia.
      A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou hoje um        leilão para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado,        com objetivo de reduzir o preço do produto no mercado interno.  
      Cesta mais cara é de SP
      A capital paulista continua apresentando a cesta mais cara do        país. Em maio, o conjunto dos alimentos básicos em São Paulo        custava, em média, R$ 826,85. Em Porto Alegre, o preço médio        girava em torno de R$ 801,45, pouco acima da cesta de        Florianópolis (R$ 801,03).
      Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta        é diferente, os menores valores médios foram registrados em        Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).
      Na comparação anual, entre maio de 2023 e 2024, todas as        capitais brasileiras analisadas pelo Dieese tiveram alta no preço        da cesta, exceto Goiânia, onde a variação foi de -0,05%.
      Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo,        e levando em consideração a determinação constitucional que        estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as        despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,        higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o        salário-mínimo em maio deveria ser de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o        mínimo de R$ 1.412,00.
      Porto Alegre
      Para fazer a pesquisa de preços da cesta básica em Porto        Alegre, cidade que foi muito afetada pelas chuvas de maio, a        equipe técnica do Dieese acabou se dividindo e conseguiu visitar        presencialmente quase todos os supermercados que são analisados        mensalmente no estudo, exceto um, que foi afetado pela enchente.        Mas a pesquisa acabou sendo prejudicada porque houve dificuldade        dos técnicos em visitar padarias e açougues. Com isso, apenas 73%        desses estabelecimentos foram visitados na pesquisa elaborada em        maio.
      "A percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve        desabastecimento na cidade, entretanto, algumas marcas ficaram        ausentes/faltantes por conta de problemas de        logística/distribuição, pois houve interrupção no tráfego de        algumas rodovias e alagamentos nos estoques de distribuidoras e/ou        caminhões. Em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de        unidades por cliente como, por exemplo, leite e arroz. Apesar de        tudo, há indicações de que serão/são problemas limitados e        pontuais, que não devem continuar ocorrendo, mas desaparecer        gradativamente, com o restabelecimento do fluxo de logística,        transporte e distribuição", informou o Dieese.
    
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