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| Já aprovada no Senado, a proposta (PL 2.630/2020) agora aguarda análise pela Câmara dos Deputados - Foto: Pedro França/Agência Senado via Agência Brasil | 
Para 26%, maior risco é a eleição de maus políticos
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
      Quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em        conteúdos falsos. É o que revela uma pesquisa do Instituto        Locomotiva e obtida com exclusividade pela Agência Brasil. Segundo        o levantamento, oito em cada dez brasileiros já deu credibilidade        a fake news. Mesmo assim, 62% confiam na própria capacidade de        diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.
      Sobre o conteúdo das notícias falsas que acreditaram, 64% era        sobre venda de produtos, 63% diziam respeito a propostas em        campanhas eleitorais, 62% tratavam, de políticas públicas, como        vacinação, e 62% falavam de escândalos envolvendo políticos. Há        ainda 57% que afirmaram que acreditaram em conteúdos mentirosos        sobre economia e 51% em notícias falsas envolvendo segurança        pública e sistema penitenciário.
      O instituto ouviu 1.032 pessoas com 18 anos de idade ou mais        entre os dias 15 e 20 de fevereiro. Na opinião de 65% dos        entrevistados, as notícias falsas são distribuídas com a ajuda de        robôs e inteligência artificial. A cada dez pessoas, oito        reconhecem que há grupos e pessoas pagas para produção e        disseminação de notícias falsas.
      O maior risco da desinformação para 26% da população é a        eleição de maus políticos, enquanto 22% acreditam que o perigo        maior e atingir a reputação de alguém e 16% avaliam como maior        problema a possibilidade de causar medo na população em relação a        própria segurança. Há ainda 12% que veem como maior risco        prejudicar os cuidados com a saúde. 
      Ingenuidade e vergonha
      Ser enganado por uma notícia falsa gera um sentimento de        ingenuidade para 35% das pessoas, 31% ficam com raiva e 22% sentem        vergonha.
      Um quarto da população (24%) afirma já ter sido acusado de        espalhar informações falsas por pessoas que têm uma visão de mundo        diferente.
      O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, defende        medidas educativas como forma de combater a disseminação de        conteúdos mentirosos. "Para enfrentar essa questão, há um desafio        para as instituições públicas de formular estratégias que incluam        a promoção da educação midiática e a verificação rigorosa das        fontes de informação, para fortalecer a comunicação do país e        garantir que a população receba informações precisas e        confiáveis", afirma.
    
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