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| Concretagem do Pavimento Rígido. Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília | 
Apesar das dificuldades, a indústria do cimento segue otimista com a retomada dos investimentos em infraestrutura
Por Brasil 61
      O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) reveliu que        as vendas de cimento somaram 4,8 milhões de toneladas no Brasil em        janeiro de 2024, uma retração de 2,4% na comparação com o mesmo        mês do último ano e um crescimento de 5,9% quando comparado a        dezembro de 2023. Ainda que as vendas de janeiro do ano passado        registrassem uma base forte, o resultado de agora sinaliza que o        fraco desempenho em 2023 persiste no início de 2024.
      O setor continua a sofrer o impacto dos juros e o endividamento        elevado, que exercem pressão na situação financeira e no consumo        das famílias, contribuindo, inclusive, para a queda na confiança        do consumidor em janeiro. Apesar do controle da inflação e da        resiliência do mercado de trabalho, houve um aumento da        informalidade e o salário dos trabalhadores ainda permanece em uma        recuperação lenta, com valores reais estagnados há quatro anos.
      O mercado da construção continua em queda, tanto na venda de        materiais quanto no número de lançamentos imobiliários. No        entanto, o índice de confiança do setor manteve-se relativamente        estável. O segmento de infraestrutura ficou menos otimista,        enquanto o de edificação residencial mostrou uma maior confiança,        impulsionado, principalmente pelas boas perspectivas com o        programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O Governo tenta acelerar        as contratações do MCMV para impulsionar o programa. De qualquer        forma, o reflexo dessas mudanças deve ser sentido na demanda de        cimento e de materiais de construção apenas no segundo semestre.
      Apesar das dificuldades, a indústria do cimento segue otimista        com a retomada dos investimentos em infraestrutura e com a        possibilidade de elevar a presença do cimento e do pavimento de        concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias.        Fatores como esses levam a uma projeção de crescimento de consumo        do produto estimada em 2% para este ano, um acréscimo aproximado        de 1,2 milhão de toneladas. "A expectativa para 2024 é positiva,        com crescimento esperado de 2%, longe ainda de recuperarmos as        perdas acumuladas de 4,3% em 2022 e 2023. O aumento da massa        salarial e do crédito, em razão da continuidade da redução dos        juros, o programa "Desenrola", MCMV e o Marco Legal das Garantias        de Empréstimos, deverão impulsionar a atividade da construção e        uma melhor performance da indústria do cimento", diz Paulo Camillo        Penna, presidente do SNIC.
    
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