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| Servidores e bombeiros militares visitam domicílios para eliminar focos do mosquito. Foto: Sandro Araújo / Agência Saúde | 
Cidade do interior paulista confirma quatro casos da doença
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em maio        deste ano, já mostrava o ressurgimento desse sorotipo e, na última        semana, foram confirmados quatro casos na cidade de Votuporanga,        no interior paulista. O primeiro caso, detectado em uma mulher de        34 anos, chamou a atenção por causa da intensidade dos sintomas        clássicos da doença, como febre, vômito, dor e manchas vermelhas        pelo corpo, além de sangramento nasal e pela urina.
      Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil 
      Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Votuporanga, ações        de bloqueio, que incluem a identificação da circulação do        sorotipo, mais sete casos foram considerados suspeitos. O        resultado das amostras colhidas indicou que, dos sete, três eram        do tipo 3 da dengue, sendo todos do sexo feminino, com 5, 31 e 46        anos. Todos os casos ocorreram na mesma região, em um bairro da        zona sul da cidade. Os quatro pacientes estão em casa e passam        bem.
      A Secretaria de Estado da Saúde informou que não há registro        deste tipo da doença em outros municípios do estado de São Paulo,        nem óbitos. Em nota, o governo estadual disse que monitora o        cenário epidemiológico com plano de contingência, que é feito        todos os anos, independente da linhagem.
      De acordo com a Fiocruz, a dengue tem quatro sorotipos, e a        infecção por um deles cria imunidade contra o mesmo sorotipo, mas        o indivíduo pode contrair dengue se tiver contato com um sorotipo        diferente. Como poucas pessoas contraíram o tipo 3, há risco de        epidemia porque há baixa imunidade contra esse sorotipo.
      "O problema é que os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos do        tipo 1 e 2. Como muitas pessoas já tiveram os tipos 1 e 2, ao ter        o tipo 3, podem desenvolver uma forma grave da doença, o que pode        gerar superlotação das unidades de pronto atendimento e        hospitais", diz o infectologista Kleber Luz, coordenador do Comitê        de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia. Por isso,        alerta o infectologista, é preciso ter maior vigilância sobre as        formas graves da doença. "Do ponto de vista clínico, não há        diferença, mas o que chama mais a atenção é a gravidade do caso,        por ser uma infecção sequencial. No México e na América Central,        por exemplo, a doença tem causado mais mortes", acrescenta Kleber        Luz.
      Entre os sintomas de alerta da doença, estão: febre, manchas        vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente,        acompanhados também de sangramento na gengiva, no nariz ou na        urina. Ao perceber qualquer sintoma, a pessoa deve procurar        atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. As formas de        prevenção são as já conhecidas pela população: limpeza dos        quintais para evitar água empoçada, que é criadouro do inseto, e        receber os agentes de saúde para fazer a vistoria em possíveis        focos do mosquito Aedes aegypti.
    
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