Governo e Embrapa Café marcam presença na abertura do 29º Encafé, celebrando os 50 anos da ABIC

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro - Foto / Divulgação 

No Encafé, ministro Fávaro defende competitividade do café brasileiro

Na noite da última quarta-feira, dia 15 de novembro, teve início o 29º Encontro Nacional de Produtores de Café (Encafé) em Barra de Santo Antônio – AL, marcando o início das celebrações dos 50 anos da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). A abertura da Exposição de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra, e do presidente da ABIC, Pavel Cardoso.

Considerado um dos principais eventos do mercado de café no Brasil, o encontro tem por objetivo o debate e a troca de informações sobre a produção, comercialização e consumo do produto, além de apresentar o que há de inovador e relevante no setor cafeeiro para os profissionais da indústria.

Fávaro destacou que o café vem se desenvolvendo há 150 anos no Brasil, tornando-se um diferencial no comercio nacional e internacional e que é importante trazer mais competitividade ao setor. “Estou aqui muito motivado ao lado de todas as entidades que representam a cafeicultura brasileira, a indústria, o produtor, para que juntos possamos tomar medidas e fazermos políticas públicas que nos dê mais competitividade”, disse.

O ministro ainda falou da importância em evidenciar o produto brasileiro para que cada vez mais se torne conhecido no mundo, além do trabalho de rastreabilidade desenvolvido pelos produtores. “A rastreabilidade do café é espetacular. Vamos criar mais espaço, vamos fazer com que o mundo consuma pelo menos uma xícara diária de café, pois cada xícara vendida no mundo gera emprego e oportunidade”, completou.

O evento é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) e em sua 29ª edição, comemora os 50 anos da fundação da associação.

Presidente da ABIC, Pavel Cardoso / Divulgação

Em seu discurso, o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, ressaltou os esforços para levar aos consumidores um café de qualidade. “Nesse ambiente devidamente regulamentado pela Portaria nº 570/2022 do Ministério da Agricultura, continuaremos com a nossa contribuição enérgica e mais acelerada para aumentar ainda mais a qualidade do café ofertado aos nossos consumidores e estamos certos disso: impactar na melhoria contínua da qualidade da safra brasileira".

Da esquerda para a direita: presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Pavel Cardoso; chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra; e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Logo atrás, o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Omar Rocha
Da esquerda para a direita: presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Pavel Cardoso; chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra; e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Logo atrás, o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Omar Rocha - Foto: Divulgação ABICS

Durante a cerimônia de abertura, Antonio Fernando Guerra parabenizou a ABIC pelos 50 anos de atuação, destacando a trajetória de sucesso e a união da indústria cafeeira. Ele ressaltou a criação de um programa de autorregulamentação que se tornou referência para mais de 60 países, proporcionando ao consumidor a garantia de produtos certificados.

O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Omar Rocha, presente no evento, enfatizou a importância do Encafé como uma oportunidade para conhecer novidades e antecipar tendências. Segundo Rocha, os debates contribuem para observar as necessidades que impulsionarão o crescimento sustentável do segmento cafeeiro no país.

O evento vai até o próximo domingo (19) e conta com palestras, workshops, exposições históricas e degustações. Participam produtores, torrefadores, baristas, compradores, exportadores e outros profissionais do setor cafeeiro, além autoridades governamentais e representantes de instituições de pesquisa e ensino.

MERCADO DE CAFÉ BRASILEIRO

De acordo com dados da Secretária de Políticas Agrícolas (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil produziu em 2022 cerca de 54,4 milhões de sacas de café, sendo 38,2 milhões de sacas do tipo arábica e 16,2 milhões do tipo conilon.

O país é o maior produtor mundial de café, com uma representação de 35% da produção, e o segundo maior consumidor de produtos originários do grão. Só em 2022, o Brasil exportou 29 milhões de sacas, por outro lado, consumiu 22 milhões. O café está entre os cinco produtos que apresentam melhor desempenho no Valor Bruto da Produção (VBP).

Ao todo, são 300 mil produtores brasileiros do grão, destes, 70% são produtores familiares. É cultivado em 17 estados da Federação, sendo Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia os principais estados produtores.

FUNCAFÉ

Em agosto deste ano, o Mapa anunciou oferta de R$ 6,3 bilhões às instituições financeiras para operar com as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2023/24.

O Funcafé é um fundo financeiro com o objetivo de apoiar o setor cafeeiro por meio de repasse de recursos aos agentes financeiros, que operam para a contratação de crédito junto aos agentes da cadeia produtiva do café e financiar pesquisa, levantamento de safra e promoção do café brasileiro.

As linhas atendidas pelo Funcafé safra 2023/24:

• Crédito de comercialização – R$ 2,3 bilhões

• Crédito de custeio – R$ 1,6 bilhão

• Financiamento para Aquisição de Café (FAC) – R$ 1,5 bilhão.

• Crédito para capital de giro para indústrias de café solúvel e de torrefação de café e para cooperativa de produção – R$ 883 milhões

• Crédito para recuperação de cafezais danificados – R$ 30 milhões

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